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quarta-feira, setembro 04, 2013

Como posicionar Portugal

Numa perspectiva de marketing, a escolha dos alvos para um país é idêntica aquela que fazem as empresas, ou seja, a escolha dos segmentos de mercado que querem alvejar.

Não basta apregoar que temos de aumentar as exportações. Temos de conhecer os segmentos potenciadores de geração de PIB. Só assim algum dia conseguiremos livrar-nos da deplorável situação que vivemos no nosso país causada pela dívida soberana criada pelos sucessivos maus governantes que temos tido.

Não podemos continuar a cortar nos custos até matar toda a gente à fome. Temos de nos focalizar na geração de receitas.

Após seleccionados os alvos e constituídos os segmentos a trabalhar é necessário estabelecer um posicionamento.

O posicionamento é a maneira como queremos ser vistos pelo mercado e como nos mostramos ao nosso mercado. Um país, tal como uma empresa, também tem de estabelecer um posicionamento.

Se queremos ser bem vistos pelos povos nórdicos temos de nos empenhar numa campanha de comunicação que apague das suas cabeças de que somos um país de preguiçosos que vive à custa dos subsídios da União Europeia, para os quais os povos nórdicos maioritariamente contribuem.

Temos de nos posicionar como um povo orgulhoso da sua nação, com princípios de ética e honestidade. Só assim os nossos turistas visitantes, maioritariamente oriundos do Reino Unido, de França, da Alemanha e da Holanda, poderão acreditar em nós e contribuir para o aumento do nosso PIB e consequente diminuição do nosso défice.

Como tal temos de deixar de ter presidentes incoerentes, governantes mentirosos, ministros sem carácter, políticos oportunistas, comerciantes desonestos e trabalhadores sem ambições.

Existem sectores com grande potencial de desenvolvimento, nomeadamente o desenvolvimento da agricultura biológica, o crescimento da pequena hotelaria constituída por residenciais familiares e alojamentos locais no ambiente rural, a melhoria do sector da restauração, a produção de carne alentejana de qualidade a partir de animais sãos criados em pastagens saudáveis, a comercialização interna e externa de peixes e mariscos únicos no nosso país.

Torna-se necessário acabar com monopólios e intermediários desonestos para fomentar a concorrência e a iniciativa de empresários empreendedores individuais com capacidade de inovação. Só assim se combaterá o flagelo do desemprego. É necessário estabelecer isenções temporárias de IRC para a criação de novas empresas e a diminuição do referido imposto para as pequenas empresas de modo a que possam pagar melhores ordenados para terem os seus colaboradores motivados e fomentarem o aumento da procura interna.

Precisamos de trabalhadores criativos que não estejam à espera de acabar um contrato para cair de novo no descanso do subsídio de desemprego ou do subsídio extraordinário complementar. Precisamos de aumentar o número de empresários individuais e precisamos de aprender a melhorar a nossa capacidade de vender os nossos serviços com formação nesta área.

Temos de mostrar que não somos um país de loucos que construiu um aeroporto em Beja e que a seguir interrompeu a construção da auto-estrada que o ia servir. Temos de apostar no desenvolvimento do Alentejo e do seu turismo rural com a criação de alojamentos locais nas casas devolutas existentes nas aldeias de modo a parar com a desertificação destes locais.

Precisamos de pequenos alojamentos hoteleiros modernizados com disponibilidade de acesso às novas tecnologias da internet onde as redes wireless são um factor crítico de sucesso.

Precisamos de atendimento personalizado nos nossos alojamentos turísticos onde o conhecimento no mínimo da língua inglesa é indispensável. É necessário incentivar a aprendizagem da língua inglesa junto dos pequenos empresários.

Precisamos de linhas ferroviárias que liguem os aeroportos entre si e que percorram as planícies e vales que tanta beleza dão ao nosso país. Temos de desenvolver um turismo ferroviário que vai permitir diminuir a sazonalidade de visitantes no nosso país e voltar a dar vida às localidades do interior.

Precisamos de descobrir atracções únicas que criem diferenciação para as nossas vilas e aldeias, sejam elas de origem natural ou monumental, sejam elas baseadas na sua capacidade de alojamento ou em actividades de artesanato local.

Precisamos de comerciantes honestos que não ignorem o programa certificado de facturação obrigatoriamente instalado com base na legislação, que não mantenham a gaveta aberta para guardar o dinheiro sem registar as transacções, que não usem caixas de dinheiro alternativas debaixo do balcão ou que não cancelem a venda na fase final depois do valor ter sido apresentado no visor de cliente, com o objectivo de fugir ao IVA.

Estes comerciantes criam um posicionamento mau para o país, pois nos países desenvolvidos da Europa não existe este tipo de atitude de roubar os impostos que outros cidadãos estão a pagar, não os entregando ao Estado. A maneira mais óbvia de castigar estas atitudes é não comprar a comerciantes sem escrúpulos.

É urgente criarmos um posicionamento adequado para Portugal e para todos os portugueses para podermos sair rapidamente desta angustiante atitude de pobrezinhos da Europa.

É necessário investir numa campanha de comunicação adequada nos meios que integram o serviço público de rádio e televisão patrocinada por governantes patrióticos e honestos.


Alfredo Simões
Consultor de Marketing e Informática




quinta-feira, março 01, 2012

A Lei de Pareto diz que 20% das causas são responsáveis por 80% dos efeitos

Transpondo para as realidades do dia a dia, podemos enumerar vários exemplos onde se evidencia esta lei:
  • 20% dos políticos e funcionários do Estado são responsáveis por 80% das despesas da Função Pública; 
  • 20% dos cidadãos pagam 80% dos impostos;
  • 20% dos automóveis consomem 80% do combustível importado;
  • 20% dos doentes são responsáveis por 80% dos custos de saúde;
  • 20% das empresas exportadoras são responsáveis por 80% das exportações; 
  • 20% das despesas de uma empresa são responsáveis por 80% dos custos dessa empresa; 
  • 20% dos clientes de uma empresa são responsáveis por 80% das receitas da empresa; 
  • 20% dos produtos comercializados são responsáveis por 80% das vendas; 
  • 20% das despesas duma família são responsáveis por 80% dos custos totais dessa família.
Poderíamos arranjar outros exemplos para ilustrar a situação.

Quer dizer que quando temos de analisar um problema devemos começar por identificar os tais 20% de causa que são responsáveis pelos 80% de efeito.

Por exemplo, no caso da Função Pública seria fácil identificar esses tais 20%. Porque é tão difícil identificá-los? Será mais conveniente para quem está nos 20% cortar nos que estão nos 80%?

No caso das empresas seria fácil usar um software certificado para tirar partido do acesso à informação que possibilitaria decisões tendentes à focalização nos bons clientes e nos produtos com maior rentabilidade. Mas infelizmente as nossas PME empenham-se mais em conseguir uma registadora que facilite a actividade. Que actividade?

No caso das famílias, é bastante fácil usar uma folha de cálculo para registar as despesas do dia a dia e então perceber quais as despesas que têm mais impacto nos nossos gastos. 70% dos portugueses têm computador com ligação à internet mas é para usar na socialização do facebook e para se divertirem a plantas couves e a criar galinhas na FarmVille. Para quê usar um computador para assuntos sérios?

E assim vai o nosso país e a nossa cultura.

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