quarta-feira, fevereiro 16, 2011

Certificação de software na restauração

Continuamos a constatar que alguns restaurantes continuam a usar POS (Terminais de Ponto de Venda) com  software de gestão que continua sem estar de acordo com as normas de certificação de software impostas pela Portaria n.º 363/2010, de 23 de Junho, Série I, n.º120 que regulamenta a certificação prévia dos programas informáticos de facturação do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas.

Pedimos a conta e continuam a dar-nos talões que mencionam "Não serve de factura" e "Processado por computador". Isto deixou de ser legal para todos os restaurantes que tenham processado mais de 1000 transações de venda no ano de 2010 ou tenham mais 250.000 Euros de facturação no referido ano. Qualquer restaurante com qualidade tem mais de 1000 transacções por ano.

Quando reclamamos do documento que nos entregam e que não é legal para juntarmos nas contas da contabilidade da nossa empresa, a primeira reacção é de manifestação de desconhecimento.

O mais grave é que tentam remediar a situação de ilegalidade com outra ainda menos tolerável: passam-nos uma factura manual discriminando "1 almoço" ou "1 jantar". Isto também é ilegal porque além de ser uma acção paralela, não discrimina os produtos ou serviços adquiridos.

Porque é que se cria legislação para acabar com a fuga aos impostos e depois não se fiscaliza a sua aplicação? Quando uns não pagam impostos sobrecarregam os outros que são cumpridores.

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Democracia no Egipto

Quem foi educado (bem educado) no tempo da ditadura, viu acontecer o 25 de Abril, viu o desmoronar do império soviético e do muro de Berlim, viu acontecer o 11 de Setembro, não pode deixar de se emocionar com a demissão do presidente do Egipto motivada pela força da insatisfação do povo.

Mais uma vez se prova que independentemente da fação política, se os governantes não respeitarem os cidadãos não têm hipótese de continuidade.

Quem quer dirigentes autoritários (sem ouvidos) que não cuidam dos interesses e direitos dos cidadãos?

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Feudalismo empresarial - um exemplo da concorrência em Portugal

Está um camião parado na rua. Nas portas da cabina inscreve-se um logotipo de uma transportadora. Investiga-se a transportadora e constata-se que é maioritoriamente participada por um grande grupo económico. Na caixa do camião, fabricado por uma empresa dependente do referido grupo económico para sobreviver, inscrevem-se duas marcas. Estas marcas fornecem os concorrentes do grupo económico e, claro, pertencem ao grupo económico.

Este é o exemplo de como a concorrência em Portugal funciona de modo saudável, para alguns. A óptica da economia de mercado é muito saudável mas ir em grupos só dá mau resultado (para alguns).

Lamentavelmente o feudalismoos dos senhores feudais só acabou para aqueles que viveram antes do século XXVII.

Saber pedir emprestado

Pelas notícias do nosso dia-a-dia chega-nos ao conhecimento de que mais uma vez Portugal teve um sucesso acima das expectativas para pedir mais dinheiro emprestado e aumentar a sua dívida. Pelo contexto ilustrado pelo congresso das exportações realizado recentemente temos uma perspectiva de aumentar as nossas exportações em 10%. Claro que este aumento não cobre uma infíma parte dos juros que temos de suportar. Por este caminho estão-nos a preparar e a formar para sabermos pedir esmola.

E produzir? Quando é que se encara que temos de produzir não só para exportar, mas sim também para nosso consumo próprio? Temos de ir ao supermercado e deixar de comprar a fruta e as batatas importadas da Europa ou da América Latina e previlegiar os alimentos produzidos em Portugal, porque estes criam emprego e diminuem as importações.

Temos também de acabar com os impérios da distribuição e dinamizar a concorrência ao criar condições e incentivos ao desenvolvimento de pequenos e médios negócios, situados na porta ao lado da nossa residência que nos permitirão passar a usar o nosso carro menos vezes, com consequências positivas para a diminuição da importação de petróleo e diminuição dos danos causados ao ambiente.

Para isso temos de desenvolver uma camada de jovens empresários com uma visão cultural e tecnológica avançada e inovadora que criará negócios modernos com base nas melhores técnicas de gestão, organização do trabalho e aplicação das melhores tecnologias.

Alfredo Simões
http://www.ascmi.com.pt/

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

Egipto ou Egito / Egypt ou Egyt

Parece que o tão esquecido "P" deste acordo ortográfico sem sentido não teve repercussão international: - A Google continua a apresentar o Egipto como Egypt e não como Egyt.

Arrepia comprar uma revista com grande quota de mercado em Portugal e encontrar algo a que não consigo chamar de "palavra" como Egito.

Alfredo Simões