quarta-feira, maio 12, 2010

Portugal e Grécia

Eça de Queirós, em 1872, escreveu nas "Farpas":

"Nós estamos num estado comparável sómente à Grécia: mesma pobreza, mesma indignidade política, mesma trapalhada económica, mesmo abaixamento de caracteres, mesma decadência de espírito. Nos livros estrangeiros, nas revistas quando se fala num país caótico e que pela sua decadência progressiva, poderá ...vir a ser riscado do mapa da Europa, citam-se a par , a Grécia e Portugal".

Porque será que a história se repete? Será que estes dois países têm dimensão suficiente para obter economias de escalas em algo que possam produzir? Não será por terem grandes dimensões que países como a Alemanha e a França estão melhor?

Não será a altura da União Europeia avançar com a União Política e acabar com custos desnecessários associados à duplicação de cargos nos vários Estados? Não deixaremos de ser quem somos.

Teimosamente sózinhos é que não somos nada.

terça-feira, maio 04, 2010

Benefícios do TGV, Aeroporto e 3ª Travessia

É evidente que estes investimentos públicos são uma oportunidade e vão criar emprego. Para quem? Para as empresas participantes dos consórcios envolvidos, empresas estas de enquadramento em oligopólios ou quasi monopólios que têm vindo a deteriorar a saudável concorrência devido ao seu crescimento através de aquisições. A quem vão estas empresas dar emprego? Aos trabalhadores Imigrantes que pagos com ordenados mais baixos do que ganhariam os portugueses vão levar o dinheiro para fora do país provocando o aumento do défice. Dar trabalho aos Imigrantes é comprar mão-de-obra ao estrangeiro, o que vai agravar a balança de pagamentos. Qualquer pessoa com um mínimo de conceitos de economia sabe isto. E o financiamento vem de onde? Dos nossos bancos que terão de ir buscar dinheiro lá fora. Sim porque aqui os detentores do capital já fizeram cair a bolsa ao passar a massa lá para fora. E que vão ganhar os trabalhadores portugueses e as PME's portuguesas? NADA. É um escândalo a situação que conhecemos de PME's a falir todos os dias porque a procura desapareceu. As pessoas só compram o indispensável, a comida. Até os monopólios / oligopólios deste ramo alimentar já se queixam com a quebra. A criação de concorrência é a única maneira de pôr a economia em movimento.